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Trabalhar com produção de eventos há muito deixou de ser um hobby ou tarefa desempenhada por amadores. Devido o crescimento da busca por profissionais do ramo, não param de surgir no país cursos profissionalizantes e até de graduação para quem deseja investir na área. A tendência é que a profissionalização do promotor de eventos aumente no Brasil nos próximos anos, já que o país sediará grandes eventos mundiais como as copas das Confederações e do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Outro importante dado nos mostra como o país tem sido foco de visitantes. Segundo pesquisa da STR Global, a hotelaria brasileira registrou em março um aumento de 4,5%, o que corresponde a 70,9% de ocupação (informação retirada do site da Associação Brasileira de Empresas de Eventos – ABEOC). Na opinião do coordenador do curso de graduação em Eventos da Faculdade Estácio de Sá, Fábio Pessoa, a pesquisa comprova como o mercado de eventos está em pleno aquecimento. “Em Belo Horizonte temos vocação para turismo de negócios e comprovamos isso pelo crescimento da atividade hoteleira”, contou o coordenador que ainda relatou que há uma grande procura por parte das empresas em contratar estagiários do curso de Eventos.
Vale a pena se profissionalizar?
Se você é uma pessoa compromissada, dinâmica e disciplinada já está no caminho certo para se tornar um ótimo promotor de eventos. Porém, engane-se quem pensa que isto basta. Segundo Fábio Pessoa, o mercado está repleto de pessoas amadoras, que pecam pela falta de profissionalismo, gerando, muitas vezes, grandes desastres (tragédia de Bandeira do Sul – MG). “Os erros mais comuns que vemos em produção é o desrespeito à legislação. As pessoas não respeitam o número de pessoas permitido, as regras de segurança do evento, o projeto técnico, e por aí vai”, destaca o também professor.
O coordenador explica que ao entrar em um curso da área, o profissional será capaz de identificar mais claramente erros e como minimizá-los. “O formando em Eventos será capaz de entender as tendências e aplicar no dia-a-dia tudo o que aprendeu de forma eficiente. Desta forma, a qualidade do serviço prestado será bem melhor”, afirma.
A ex-aluna de Eventos e promotora, Adriana Macedo, concorda com esta opinião e afirma que antes de ingressar no curso achava que sabia produzir eventos. “Quando a gente pega para estudar vê que não é nada daquilo que acreditávamos – As coisas não são bem assim. Estudar o assunto me deu uma base para questionar, explicar, com embasamento teórico, e isso me dá mais credibilidade frente ao cliente”, relata Adriana, que se formou em 2010 e hoje cursa Publicidade e Propaganda.
Quais são as minhas opções?
Se você está na dúvida de vale a pena ou não fazer um curso superior em eventos, se informe melhor sobre o assunto: procure as faculdades que oferecem o curso na sua cidade, leia a base curricular, converse com quem já fez e veja como está a remuneração na área. Se a dúvida persistir, comece por cursos profissionalizantes de curta duração (apesar de apresentarem uma grade mais superficial e prática).
Em Belo Horizonte, você encontra opções de cursos profissionalizantes no SENAC. Já as faculdades que oferecem curso de graduação em Eventos são a Estácio e a UNI-BH. Em cerca de dois anos você irá estudar matérias que envolvem assessoria de comunicação, marketing, técnicas de oratória e muito mais. Outra opção é procurar por cursos na área de gestão e marketing, que são mais amplos e reconhecidos (uma dica é a Fundação Dom Cabral).
Se você mora em São Paulo as opções são maiores, tanto para profissionalizantes, quanto para graduação e até MBA. Entre as instituições que oferecem profissionalização em eventos estão SENAC, SEBRAE, Fatec e Universo.
Se é isso mesmo que você quer fazer da sua vida, caneta e papel nas mãos e corra atrás. Como diz Fábio Pessoa, fazer evento está muito além do que as pessoas enxergam. “O espectador vê é só ponta do iceberg. Você precisa cuidar da montagem, dos planos de evacuação, do planejamento. O profissional tem que saber que enquanto todos se divertem , ele não pode dormir no ponto”, conclui.
E aí, vai dormir no ponto? Lembre-se conhecimento não ocupa espaço.